Mais alguém aqui teve problemas com o Clube da Iguana da Galápagos?
Resgates fantasmas? Suporte sumido? Pontos indo para Nárnia?
Pois bem. Deixem-me contar a minha epopeia — uma saga digna de um jogo narrativo (mas sem rolagem de dados, porque o destino aqui é fixo: frustração).
Prólogo: a credibilidade em jogo
Pelo andar da carruagem, a Galápagos vem se esforçando para provar — com louvor — que não é exatamente uma empresa confiável ou séria, a julgar por alguns episódios que falam por si:
- Uma sucessão de jogos com mofo, afetando tanto lojistas quanto consumidores (e o olfato coletivo do hobby);
- Eventos caça-níqueis, cuidadosamente embalados para os mais crédulos — e aqui, estou sendo generoso com os crédulos; há quem mereça o troféu “boa-fé ilimitada” por ainda confiar;
- E, agora, um programa de recompensas que brilha como uma edição deluxe… mas entrega como um print-and-play mal recortado.
No centro desse tabuleiro corporativo está a Asmodee — ou Asmodeu, como carinhosamente apelidei — braço lúdico do conglomerado Eurazeo, que opera como uma espécie de Electronic Arts dos jogos analógicos: adquire estúdios promissores, cataloga franquias queridas e, com dedicação surpreendente, aniquila tudo o que havia de bom com eficiência quase ritualística.
Capítulo I – A promessa
Acumulei 12.134 pontos no programa. Lá estava ele, reluzente: Scythe Metal Mechs, prêmio dos sonhos.
Pontuação suficiente? ![]()
Produto visível na plataforma? ![]()
Clique para resgatar?
Bloqueado.
Sim — segundo a própria Galápagos, o item estava bloqueado por “questões logísticas”, embora continuasse listado como disponível. Transparência nota 10.
Enviei uma notificação formal, citando o Código de Defesa do Consumidor, solicitando o cumprimento forçado da oferta.
Capítulo II – A resposta
No dia 03/06, recebo um e-mail otimista:
“Foi só um probleminha logístico! Já liberamos, corre lá no app!”
Corri. Resgatei. Esperei. Esperei. Esperei…
Capítulo III – O vácuo lúdico
20 dias depois: nada. Nenhum mech, nenhum código de rastreio, nenhum sinal de vida.
Só um vazio existencial que nem o Root preencheria.
Mandei outra mensagem, desta vez mais azeda, relembrando os fatos e questionando se os prêmios sequer existiam. Afinal, não estamos falando de um print-on-demand, mas de um programa oficial da empresa.
Capítulo IV – O loop
Em 11/07, chega nova resposta:
“Seu resgate está em processo de envio. Agradecemos a paciência.”
Resposta genérica digna de um bot mal treinado. Nenhuma data, nenhum rastreio, nenhuma ação concreta.
Epílogo – A mecânica do desrespeito
Resumo da ópera lúdica:
- Produto anunciado

- Pontuação atingida

- Resgate feito (com bloqueio prévio)

- Respostas evasivas

- Item entregue

Se o Clube da Iguana fosse um jogo, seria um worker placement onde o trabalhador nunca volta. Ou um deck building sem cartas. Ou melhor: um legacy em que você herda apenas a frustração.
E vocês? Já passaram por algo parecido com a Galápagos ou o Clube da Iguana?
Vamos montar nosso próprio set collection de promessas não cumpridas.
Spoiler: é cooperativo, mas a editora joga contra.