Entrevista com Jamey Stegmaier sinaliza potencial produção no Brasil

Em entrevista publicada no dia 15 de Maio:

Is there an alternative supply chain route for you all elsewhere, perhaps in Asia that doesn’t have as high a tariff rate?

“We do manufacture 100% of the games that we make in China. We ship around 65% of them to the U.S. The other 35% go to the rest of the world. And we are working with our partner in China, Panda, which is actually a Canadian company, to potentially start moving some production to Brazil. That is our current plan.

Tradução livre:

Existe uma rota alternativa de cadeia de suprimentos para vocês em outro lugar, talvez na Ásia, que não tenha uma tarifa tão alta?

"Nós fabricamos 100% dos jogos que produzimos na China. Enviamos cerca de 65% deles para os EUA. Os outros 35% vão para o resto do mundo. E estamos trabalhando com nosso parceiro na China, Panda, que na verdade é uma empresa canadense, para potencialmente começar a transferir parte da produção para o Brasil. Esse é nosso plano atual.

Jamey Stegmaier é o fundador e presidente da Stonemaier Games, editora de jogos de tabuleiro conhecida por títulos como scythe, wingspan e viticulture.

Leia a entrevista completa:

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Isso e muito interessante. Se isso acontecer, provavelmente havera um salto na qualidade das graficas por aqui, o que pode ser um otimo beneficio para a industria Brasileira.

Valeu Trump.

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Está pra nascer o dia em que o Brasil vai, de boa, competir com a China, mesmo com as tarifas dos EUA sobre importação. Aliás, essas tarifas já estão sendo revistas. De caneta a computador, de escova de dente a potes plásticos pra colocar sal, a produção brasileira se perdeu.

Exportamos madeira/celulose e importamos papelão (os nossos jogos). Basta olhar na caixa dos jogos: Made in China em quase todos.

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Tradução livre de trecho da matéria:

Lee afirmou que a parceria com a empresa brasileira de impressão e embalagem Kawagraf – que anteriormente produziu jogos de tabuleiro como Zombicide, Exploding Kittens e The Mind – “ofereceria aos clientes um caminho confiável para navegar pelos atuais desafios tarifários dos EUA, ao mesmo tempo em que mantém os altos padrões de produção pelos quais a Panda é reconhecida”.

Ele contou ao BoardGameWire que sua empresa planejava expandir sua fabricação além da China desde a primeira administração Trump, e havia considerado parcerias nos EUA, Europa e outras partes da Ásia.

Lee disse: "Em última análise, a parceria com a Kawagraf Brasil nos entusiasma mais pelos seguintes motivos. A Kawagraf possui grande expertise técnica e experiência em trabalhar com marcas internacionais consolidadas, e o Brasil oferece uma política de isenção fiscal para a importação de matérias-primas e componentes para produtos que são transformados e exportados.

“As tarifas de 10% do Brasil são as mais baixas entre todos os países que consideramos para fazer negócios – ainda mais vantajosas do que a impressão nos EUA, devido ao fato de que matérias-primas e componentes estão atualmente sujeitos a altas tarifas.”

Os primeiros jogos produzidos na Panda Brasil devem chegar aos EUA nas próximas semanas, com a empresa atualmente intensificando suas operações na fábrica localizada em São Paulo.

A fábrica da Kawagraf em São Paulo, Brasil.

A trajetória da Kawagraf está enraizada na impressão e embalagem comerciais de alto padrão para empresas como L’Oréal e Samsung, mas Lee afirmou que o negócio conseguiu fazer uma transição bem-sucedida para a produção de jogos de tabuleiro e “demonstrou tanto a capacidade técnica quanto os padrões de qualidade que buscamos em um parceiro de fabricação”.

Ele contou ao BoardGameWire que a nova fábrica é “idealmente adequada” para componentes de papelão, papel e madeira, acrescentando: “Neste momento, títulos que exigem muitas miniaturas ainda necessitarão de produção em plástico da China, mas esses componentes podem ser importados para o Brasil isentos de impostos se forem montados em jogos finais em caixas para exportação”.

Lee acrescentou que a Panda também explorou a expansão de suas operações de fabricação para o Vietnã, mas afirmou: "diferentemente da América do Sul, o Vietnã não oferece o mesmo potencial de mercado local — e também há um aumento na fiscalização aduaneira sobre produtos chineses que passam pelo Vietnã, o que gera algumas preocupações.

Ele disse: “Estamos continuando a avaliar oportunidades globais, mas nosso foco está no crescimento estratégico que equilibra logística, custo e acesso ao mercado. O Brasil atende a todos esses critérios, razão pela qual decidimos avançar primeiro por lá.”

A expansão para o Brasil também proporciona oportunidades de crescimento em todo o continente sul-americano, disse Lee ao BoardGameWire, graças aos acordos de livre comércio entre os países que fazem parte do bloco comercial MERCOSUL da região.

Ele afirmou: "O Brasil possui uma indústria de impressão e embalagem altamente desenvolvida, juntamente com uma cadeia de suprimentos robusta e integrada para matérias-primas. Isso o torna um local ideal para produzir componentes essenciais de jogos, como caixas, tabuleiros e cartas de jogo.

“Além disso, o Brasil está geograficamente mais próximo dos EUA do que a China, resultando em prazos de envio que são mais rápidos em cerca de uma semana. O Brasil possui o maior mercado de jogos de tabuleiro da América do Sul e abriga editoras notáveis como Galapagos Jogos, Grok e Paper Games.”

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Doideira isso aí, hein!

Gostei de ver! Sei lá se vai dar em algo na prática, mas tem potencial!

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Imagine só essas marcas sem mofo :eyes:

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